A Feira de Economia Solidária da Unesc acolheu visitantes ilustres nesta quarta-feira (16). A convite do Núcleo de Estudos Étnico-raciais, Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi) da Universidade, as mulheres indígenas artesãs da aldeia Takua Hovy, de Viamão, no Rio Grande do Sul, estiveram comercializando suas peças criadas à base de fibra de bambu, pintadas com corantes naturais.
Pulseiras, chocalhos, cestas, colares, arco e flecha e uma infinidade de objetos que demonstram a cultura guarani estiveram entre os itens oferecidos. Para a indígena Ara, cujo nome civil é Jocelaine da Silva, poder mostrar um pouco da arte da sua aldeia é muito gratificante. “A gente está aqui para vender o nosso artesanato e para mostrar a nossa cultura e como sobrevivemos em uma terra indígena. Isto aqui é um pouco da nossa aldeia que vive da venda de artesanatos fabricados por nós”, explicou
Para o professor e membro do Neabi para assuntos indígenas, João Batanolli, a presença das indígenas faz parte da história dos últimos anos no campus da Universidade. “Sempre tivemos essa aproximação com essa cultura tão importante aqui da nossa região. São habitantes originários das nossas terras e que estão novamente se fazendo presentes, trazendo um pouco da sua cultura e da sua história através do artesanato”, pontuou. “Além de ser o único meio mais original de sobrevivência que eles têm”, emendou.
Batanolli lembrou, ainda, do empenho da Unesc para valorizar a cultura indígena. “Uma importante ação que temos que agradecer ao apoio do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA), do coordenador da Feira Solidária, professor Dimas Estevam de Oliveira e do Neabi”, finalizou.
A Feira de Economia Solidária acontece às quartas-feiras no hall da reitoria, no campus da Unesc.