O Laboratório de Química da Universidade foi especialmente preparado para uma aula especial. Soluções, equipamentos e um desafio esperavam pelos estudantes da 2ª série do Ensino Médio do Colégio Unesc: produzir álcool 70%. Além de vivenciar toda uma experiência de aprendizagem, a manhã desta quinta-feira (11/3) também marcou o reencontro destes alunos com as aulas práticas em laboratório, paralisadas em março de 2020 por decorrência da pandemia.
Para a estudante Caroline Dagostim Zechin, que ingressou no Colégio Unesc em 2020, esta foi a primeira vez em um laboratório como espaço de aprendizagem, e fez toda a diferença. “Foi uma aula interessante e diferente. Assim como eu, muitos colegas entraram no primeiro ano, agora estão no segundo, e não tivemos a oportunidade de estar aqui. Se torna um momento especial, que nesta oportunidade, tanto tempo depois, também nos aproxima como colegas. É um tipo de aula que gostaríamos de ter cada vez mais”, destacou.
O grupo de 19 alunos foi dividido em dois laboratórios para garantir o distanciamento. Outros estudantes, que optaram pela aula síncrona de casa, também puderam acompanhar a aula. Todos eles receberam parte do passo a passo de como produzir o álcool 70%. A partir daí tiveram de desenvolver habilidades de resolução de problemas, por meio do ensino investigativo.
Os trabalhos foram desenvolvidos sempre com a supervisão da professora Michele Coral Dutra, que elaborou a dinâmica para ser uma extensão da sala de aula. “Este é um ambiente onde eles vivem a ciência e conseguem praticar aquilo que viram em sala. Os conteúdos, apenas da cadeira, podem parecer não aplicaveis. Então trazê-los para pensar nos cálculos que executam dentro do laboratório traz mais significado para o aprendizado”, enfatizou.
A preparação do álcool 70% foi uma conexão do conteúdo programado e do que os estudantes estão vivendo no dia a dia, reforçando a didática. “Eles entenderem como é feito, quais são os cálculos que podem aplicar e como preparar o produto deixa de ser algo distante”, completou Michele.
Gabriel Lobato Gomes, aluno do Colégio, foi um dos estudantes que conseguiu concluir o desafio por meio do resultado final correto do cálculo, objetivo da aula, empregando aquilo que já havia aprendido. “Conseguimos fazer na prática o que aprendemos em sala. Foi desafiador, porque é o primeiro contato com esta experiência, mas foi muito produtivo. Vai contribuir bastante para a formação”, frisou.