Conservar adequadamente um livro faz toda a diferença para quem gosta de exemplares, afinal são itens fabricados com materiais suscetíveis ao desgaste do tempo. Além disso, a conservação dos exemplares é uma forma de compartilhar conhecimento e preservar a história para o futuro. É sobre isso que a professora Selma Tereza Leepkaln Dassi, conservadora e restauradora de livros e documentos do Centro de Memória e Documentação (Cedoc) da Unesc, vai ensinar para quem passar pela Feira do Livro. As orientações sobre a conservação preventiva de exemplares e de fotos, fazem parte da programação que a Universidade preparou para o evento que iniciou nesta segunda-feira (8/11).

Existem diversas maneiras de se conservar aquele bom e ‘velho’ livro, como explicará Selma. Para isso, conforme ela, a hora de fazer um trabalho minucioso como esse requer muita habilidade, paciência e conhecimento, já que muitas vezes, a falta de informação leva as pessoas a descartarem os livros. “Por isso é importante conhecer e saber manusear da maneira correta, e isso começa já na retirada da prateleira. Devemos pegar o exemplar sempre no meio da lombada do livro, que deve ser acondicionado de forma vertical, na prateleira”, reparou. A lombada é a parte oposta ao corte dianteiro do livro, na qual em geral apresenta o nome do livro e do autor e a logo da editora.

Os livros não são apenas procurados por quem deseja se alimentar de saberes, mas, também, são os alvos preferidos de algumas espécies de insetos que devoram suas páginas, como traças, cupins e baratas. Para evitar os danos causados por eles é importante armazenar o livro sempre em ambiente limpo e fresco. “É preciso saber o fazer e o que não fazer. Assim teremos certeza de que estaremos contribuindo para o tempo útil desse livro que muitas vezes ele por si só já se deteriora”, contou a professora, que acrescenta que são cuidados simples que previnem manchas, marcas ou outros danos.